O acto de
posse decorreu numa reunião para que haviam sido convidados os provedores das
22 misericórdias do distrito e que contou com a presença de Manuel Lemos,
presidente da União das Misericórdias Portuguesas e de Carlos Andrade, também ele
dos corpos directivos da UMP. Manuel de Lemos saudou o novo secretariado e
aproveitou o ensejo não apenas para salientar o importante papel que o
secretariado de Lisboa sempre tem desempenhado no seio da UMP (inclusive dada a
proximidade dos centos de poder), mas também para corroborar a flagrante
actualidade das directrizes que Isabel Miguens apontara como metas a atingir,
em campos de tamanha relevância como o da sustentabilidade / fiscalidade, do envelhecimento
/ saúde e da educação (campo este, ou não, em que as misericórdias têm uma
palavra a dizer? – perguntou-se).
O momento era
de reflexão, sublinhou Manuel de Lemos, com vista a se concretizarem estratégias
comuns, em parceria, numa procura incessante de concentração de meios, a fim de
mais facilmente se superarem os obstáculos (por exemplo, os que uma legislação
‘cega’ e desgarrada da realidade airosamente levanta) e se atingirem
objectivos. Na verdade, só uma política de pés “assentes na terra”, no sábio aproveitamento
de todos os recursos disponíveis – e há que concorrer a eles (foi repetidamente
encorajado), permitirá, com imaginação, alimentar a esperança.
Houve, pois,
oportuna troca de impressões, donde ressaltou, entre outras, a necessidade, inclusive,
de se criarem grupos de trabalho capazes de apresentar propostas nos domínios
em que as misericórdias desempenham um papel imprescindível para o equilíbrio
social quotidiano: a saúde, a assistência, a educação… Creches,
jardins-de-infância, ATLs, lares, apoio domiciliário, cuidados continuados são,
de facto, sectores onde o papel do Estado é (tem sido!) manifestamente
deficiente!
Frederico
Pinho de Almeida, vereador da Acção Social da CMC, teve, no final, palavras de
encorajamento, salientando quanto o Município de Cascais estava consciente dos
problemas abordados e referindo as soluções que já aqui estavam em marcha.
Seguiu-se um jantar
de confraternização, servido pelo Bom Apetite, organismo da Santa Casa da Misericórdia
de Cascais que confecciona e vende refeições a preços módicos. E foi oferecido
a todos os presentes um brinde expressamente executado para o efeito por utentes
do Centro de Apoio Social do Pisão (a antiga «Mitra»), organismo do Instituto
da Segurança Social gerido pela Misericórdia de Cascais desde 2 de Fevereiro de
1985 e «que acolhe em regime de internamento adultos com patologia psiquiátrica
de ambos os sexos, cujo quadro psicossocial requer cuidados básicos de
subsistência e de saúde integral que engloba aspectos físicos, psíquicos,
sociais, ocupacionais e de reabilitação». Foi também essa uma forma simpática
de se mostrar a actividade, nem sempre fácil, que ali está a ser desenvolvida.
Publicado em Cyberjornal, edição de 10 de Fevereiro de 2013:
http://www.cyberjornal.net/index.php?option=com_content&task=view&id=17837&Itemid=67
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